DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS (uso S, Z, CHI, G, J, H, SS, Ç, I , X...)

DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS
■ Uso do “S”

a) depois de ditongos: coisa, faisão, mausoléu, maisena, lousa.
b) em nomes próprios com som de /z/: Neusa, Brasil, Sousa, Teresa.
c) no sufixo -oso (cheio de): cheiroso, manhoso, dengoso, gasosa.
d) nos derivados do verbo querer: quis, quisesse.
e) nos derivados do verbo pôr: pus, pusesse.
f) no sufixo -ense, formador de adjetivo: canadense, paranaense, palmeirense.
g) no sufixo -isa, indicando profissão ou ocupação feminina: papisa, profetisa, poetisa.
h) nos sufixos -ês/-esa, indicando origem, nacionalidade ou posição social: calabrês, milanês, português, norueguês, japonês, marquês, camponês, calabresa, milanesa, portuguesa, norueguesa, japonesa, marquesa, camponesa.
i) nas palavras derivadas de outras que possuam S no radical: casa = casinha, casebre, casarão, casario; atrás = atrasado, atraso; paralisia = paralisante, paralisar, paralisação; análise = analisar, analisado.
j) nos derivados de verbos que tragam o encontro consonantal -nd: pretende =pretensão; suspender =suspensão; expandir = expansão.

Uso do “Z”
a) nas palavras derivadas de primitiva com Z: cruz = cruzamento, juiz = ajuizar, deslize = deslizar.
b) nos sufixos -ez/-eza, formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos: altivo = altivez; mesquinho = mesquinhez; macio = maciez; belo = beleza; magro =magreza.
c) no sufixo -izar, formador de verbos: hospital = hospitalizar; canal = canalizar; social = socializar; útil = utilizar; catequese = catequizar.
Curiosidade: Quando usamos apenas -r ou -ar para formar um verbo,
aproveitamos o que já existe na palavra primitiva: pesquisa = pesquisar, análise =
analisar, deslize = deslizar.
d) nos verbos terminados em -uzir e seus derivados: conduzir, conduziu, conduzo;
deduzir, deduzo, deduzi; produzir, produzo, produziste.
e) no sufixo -zinho, formador de diminutivo: cãozinho, pezinho, paizinho,
mãezinha, pobrezinha.

Curiosidade: Se acrescentarmos apenas -inho, aproveitamos a letra da palavraprimitiva: casinha, vasinho, piresinho, lapisinho, juizinho, raizinha.

Uso do “H”
a) o H inicial deve ser usado quando a etimologia o justifique: hábil, harpa, hiato, hóspede, húmus, herbívoro, hélice.
Curiosidade: Escreve-se com H o topônimo BAHIA, quando se aplica ao Estado.
b) o H deve ser eliminado do interior das palavras, se elas formarem um composto ou derivado sem hífen: desabitado, desidratar, desonra, inábil, inumano, reaver.

Curiosidade: Nos compostos ou derivados com hífen, o H permanece: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem.
c) no final de interjeições: ah! oh! ih!

Uso do “X”
a) normalmente após ditongo: caixa, peixe, faixa, trouxa.

Curiosidade: Caucho e seus derivados (recauchutar, recauchutagem) são escritos com CH.
b) normalmente após a sílaba inicial en-: enxaqueca, enxada, enxoval, enxurrada.
Curiosidade: Usaremos CH depois da sílaba inicial en- caso ela seja derivada de uma com CH: de cheio = encher, enchimento, enchente
de charco = encharcado
de chumaço = enchumaçado
de chiqueiro = enchiqueirar
c) depois da sílaba inicial me-: mexer, mexilhão, mexerica.
Curiosidade: Mecha e seus derivados são com CH.

■  Uso do “CH”
Não há regras para o emprego do dígrafo CH.

Uso do “SS”
Emprega-se nas seguintes relações:
a) ced — cess: ceder — cessão, conceder — concessão — concessionário.
b) gred — gress: agredir — agressão, regredir — regressão.
c) prim — press: imprimir — impressão, oprimir — opressão.
d) tir — ssão: discutir — discussão, permitir — permissão.
Uso do “Ç”
a) nas palavras de origem árabe, tupi ou africana: açafrão, açúcar, muçulmano, araçá, Paiçandu, miçanga caçula.
b) após ditongo: louça, feição, traição.
c) na relação ter — tenção: abster — abstenção, reter — retenção.

Uso do “G”
a) nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: pedágio, colégio, litígio, relógio, refúgio.
b) nas palavras femininas terminadas em -gem: garagem, viagem, escalagem, vagem.
Curiosidade: Pajem e lambujem são exceções à regra.

Uso do “J”
a) na terminação -aje: ultraje, traje, laje.
b) nas formas verbais terminadas em -jar e seus derivados: arranjar, arranjem;
viajar, viajem; despejar, despejem.
c) em palavras de origem tupi: jiboia, pajé, jenipapo.
d) nas palavras derivadas de outras que se escrevem com J: ajeitar (de jeito),laranjeira (de laranja).

Uso do “I”
a) no prefixo anti-, que indica oposição: antibiótico, antiaéreo.
b) nos verbos terminados em -air, -oer e -uir e seus derivados: sair — sais, sai; cair
— cais, cai; moer — móis, mói; roer — róis, rói; possuir — possuis, possui; retribuir
— retribuis, retribui.
Uso do “E”
a) nas formas verbais terminadas em -oar e -uar e seus derivados: perdoar —perdoes, perdoe; coar — coes, coe; continuar — continues, continue; efetuar —efetues, efetue.
b) no prefixo -ante, que expressa anterioridade: anteontem, antepasto, antevéspera.

Uso do “SC”
Não há regras para o uso de SC; sua presença é inteiramente etimológica.

FORMAS VARIANTES
Algumas palavras admitem, sem alteração de significado, formas variantes:
  1. abdome ou abdômen
  2. afeminado ou efeminado
  3. ajuntar ou juntar
  4. aluguel ou aluguer
  5. aritmética ou arimética
  6. arrebitar ou rebitar
  7. arremedar ou remedar
  8. assoalho ou soalho
  9. assobiar ou assoviar
  10. assoprar ou soprar
  11. aterrissar ou aterrizar ou aterrar
  12. avoar ou voar
  13. azálea ou azaleia
  14. bêbado ou bêbedo
  15. bebadouro ou bebedouro
  16. bilhão ou bilião...

PALAVRAS QUE NÃO ADMITEM FORMA VARIANTE
  1. Tome cuidado com a grafia de certas palavras e expressões que costumam causar
  2. dúvida, porém só se escrevem de uma forma:
  3. beneficência
  4. beneficente
  5. cabeleireiro
  6. chuchu
  7. de repente
  8. disenteria...
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